O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Uberlândia assinou, nesta segunda-feira (28), a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2022 e 2023 junto ao sindicato patronal. A categoria conquistou a recomposição salarial de 10,8%, que corresponde ao acumulado de 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além de 5% de produtividade sobre o salário-base.
“Foi uma conquista em união com os trabalhadores”, afirma Mário Hudson, presidente do Sindicato. “Sabemos que boa parte das Campanhas Salariais têm terminado abaixo do índice, e por isso, é uma vitória a garantia de que os metalúrgicos de Uberlândia não terão perdas salariais”. Estudo do Dieese publicado em janeiro de 2022 mostrou que, em 2021, 47% dos acordos e convenções não atingiram o INPC.
Após a primeira rodada de negociações, a patronal apresentou uma proposta de 7%, prontamente rejeitada pelos dirigentes. “Não aceitamos discutir propostas abaixo do INPC”, conta Mário. “Também exigimos que o índice fosse pago em apenas uma parcela”.
O dirigente também afirma que outra vitória foi a Cláusula de Produtividade. “Garantimos ao trabalhador o percentual de 5% sobre o salário base, a título de produtividade”, afirma. O benefício vale inclusive para os empregados comissionistas puros.
O piso mínimo da categoria ficou estabelecido em R$ 1.422,67 para jornada de trabalho de 220 horas mensais. As demais cláusulas da CCT foram mantidas, como o pagamento de adicional de 60% sobre as 10 primeiras horas extras e de 70% acima deste limite; o impedimento de exigência de horas extras para estudantes; os 35% de adicional noturno; o auxílio funeral; entre outras que podem ser conferidas no site do Sindicato. A data-base da categoria é 1º de abril.
*Por Andressa Schpallir